Aparentemente, mulheres e homens divergem além do quesito genitália. Loucura, não é? A pergunta nunca foi essa. A pergunta é: isso é algo biológico ou social? Se biológico, exatamente o que, e durante qual parte do neurodesenvolvimento, isso acontece? É durante a embriogênese, durante a pequena infância, antes ou após a puberdade...? Por que? Quais os biomarcadores que determinam essa diferença tão grande, ou será que é um influenciador unicamente hormonal? E, mesmo quando descobrirmos o que faz isso, COMO isso afeta a vida, no geral? Que habilidades específicas isso confere (de outro modo, não existiria motivo evolutivo para isso acontecer)? A mulher de hoje é a mesma de 10 mil anos atrás, ou mais extremamente, é a mesma de antes da revolução industrial, geneticamente?
Ou sera que tudo é por estruturação social? Dezenas de milhares de anos condicionaram a mulher a ser mais voltada para a manutenção de relacionamerdos afetivos porque sempre teve a função de cuidadora do lar? É isso algo tão socialmente incrustado na mulher que foi capaz de gerar alterações epigenéticas que, portanto, tornaram a mulher um ser mais familiar, geração após geração? O que faz essas mudanças epigenéticas se desfazerem? E, se não for nada disso, é culpa unicamente da fragilidade física da mulher que, como mecanismo protetor, faz filhos com homens, para que estes tenham motivo para protegê-las?
Você pode usar um bilhão de comparativos entre homens e mulheres e chegar a conclusão que quiser, mas, se as suas perguntas não são nenhuma dessas acima, sua discussão é tão inútil quanto caneta sem tinta.