Gostamos de nos sentir em controle, gostamos de nos sentir amados, nos sentimos confortáveis com tais achismos. Nosso mundo é inteiramente constituído de achismos confortáveis e vistas grossas sobre os piores fatos de nossas vidas e futuros. Alguém pode pensar: Por que toleramos tais mitos e não nos construímos uma vida melhor? A resposta e: NÃO PODEMOS.
Não fazemos o mundo, tampouco somos responsáveis pelo mesmo. Apenas falsamente herdamos parte dele e somos excluídos de todo o resto. Não é uma herança verdadeira porque não é nossa. Não podemos mudar o mundo para ajusta-lo a nossas mentes, ao invés disso, o mundo estático e cinzento modela nossas mentes a ele.
A maior parte do que temos na vida é injusto. Talvez nossos pais não nos amem, ou mesmo nos odeiam. Esse é mundo é uma selva repleta de dor, mentiras, guerra e doença. A Verdade dói, mas ela é implacável, aceitemos ou não.
Do dia de nosso nascimento ao de nossa morte, nosso cérebro e nosso inner self são construídos por camadas de nossas experiências, pensamentos, acontecimentos e emoções vividas. Com o tempo, essas camadas formam a fundação de nosso eu, e às vezes, essa fundação não pode suportar o peso sobre ela.
Vivemos sob a ilusão de controle de muitas coisas. Pensamos que estamos sob a proteção de um teto, até o aluguel saltar ou perdermos o emprego. Talvez pensemos que nosso médico é nosso amigo, até descobrirmos que ele foi pago para prescrever um tratamento inapropriado ou simplesmente ficarmos sem dinheiro. Algumas de nós podemos pensar que somos ricas, até uma crise financeira nos levar à falência. A Vida é injusta, e não há muito que possamos fazer, além de nos refugiar em nossas ilusões.
Mas há ainda uma Escolha, aquela que pertence a nós, somente a nós mesmas. A Escolha de se retirar desse mundo. Seja porque não resta nada a nós e estamos cansadas da Corrida de Ratos, seja porque cansamos de ser um fardo a quem amamos.
Você vai morrer, Anã, e isso é algo muito feliz, se parar para pensar.