/magali/ - Magalichan II: A Resistência

>>12751

Pode parecer uma ideia maluca, mas você já pensou em falar com o cara e não só ficar mandando sinais?

>>12751

Eu engravido você, anã.

Só que eu sou meio maluquinho da cabeça.

>>12752

Eu sinto interesse por tipos muito específicos de pessoas que usualmente não sentem interesse por mim. Quando acontecia de algum desses caras vir falar comigo mais despojadamente ou com muito contato físico (coisas que, hoje, percebo claramente que eram investidas), meu cérebro criava mil e umas razões para aqueles gestos e sempre chegava à conclusão de que era algo unicamente amigável (como é que eu cheguei à conclusão que alguém acariciar meus lábios enquanto me chama de bonita é algo amigável, meua migo, é algo que eu nunca saberei).

Mas isso é fruto de anos de baixa autoestima (relativamente resolvida), fobia social, trauma sexual e algum tipo de distúrbio de interação social subjacente ainda desconhecido. Eu ser uma batata no quesito romântico/sexual não quer dizer que aquela garota tímida que está lhe encarando agirá feito uma macaca se você demonstrar interesse. Além do mais, ouvir um "não" será indiscutivelmente mais proveitoso do que ficar dias e dias fosforilando se a moça gosta de você.

>apenas Chads penetrariam suas "defesas"

Isso nem ao menos faz sentido. Se existe o interesse sexual mútuo e esse interesse é conhecido por ambas as partes, as chances são de que qualquer investida terminará em pau na buceta. Meu caso é um caso à parte pelo simples fato de eu ser incapaz de reconhecer o interesse da outra pessoa.

>>12762

Por que facilitar algo tão ridiculamente simples se eu posso aumentar esse algo em proporções exponenciais ao ponto de ter diarreias emocionalmente induzidas, perder o sono e ter crises de ansiedade? Por que agir de forma natural e espontânea se posso analisar inadequadamente cada um dos detalhes das minhas interações sociais e sempre supor que o resultado final será catastrófico, forçando-me a criar estratégias espalhafatosas de enfrentamento para os problemas imaginários que eu mesma criei?

Bem-vinda(o) ao universo dos neuróticos obsessivos.

Ignoro. Já tive colegas do sexo masculino, mas nunca consegui interagir normalmente com um cara do qual eu estivesse afim.

>>12772

>Por que facilitar algo tão ridiculamente simples se eu posso aumentar esse algo em proporções exponenciais ao ponto de ter diarreias emocionalmente induzidas, perder o sono e ter crises de ansiedade? Por que agir de forma natural e espontânea se posso analisar inadequadamente cada um dos detalhes das minhas interações sociais e sempre supor que o resultado final será catastrófico, forçando-me a criar estratégias espalhafatosas de enfrentamento para os problemas imaginários que eu mesma criei?

Sou o quotado e você literalmente me descreveu. Acho que por ser homem, não entendo esse negócio de ficar jogando sinais e o caralho, isso me parece uma coisa ridícula, mas isso parece ser uma coisa comum entre as mulheres. Pra você ter noção, sou tão mais louco que você que nunca teria coragem de fazer as coisas que você diz fazer.

>meu cérebro criava mil e umas razões para aqueles gestos e sempre chegava à conclusão de que era algo unicamente amigável

Você sou eu, anã? Já perdi a conta de quantas vezes já fiz isso. Já tive gurias me chamando pra ir na casa delas e eu inventava mil desculpas pra não ir ou tentar fazer aquilo parecer que era só na amizade na minha cabeça. Já tive uma amiga que gostou de mim por mais de um ano e só fui perceber os sinais depois de perder contato com ela, por ser um batata que só fala merda, e outras pessoas me falarem, de tão na cara que era. Fora outras muitas vezes que perdi oportunidades por ter medo de falar com as pessoas, como um caso recente em que eu simplesmente parei de falar com uma guria que estava ficando simplesmente por não saber o que mandar de mensagem pra ela e achar que qualquer coisa que eu mandasse iria a fazer desistir de mim.

Infelizmente, eu entendo muito bem como você se sente. Mas você já pensou que pode estar lidando com gente igual você? Eu tenho certeza que todas as cagadas que fiz na vida, as gurias devem pensar que é porque eu sou um bacaca ou qualquer coisa assim e não que tenho problemas psicológicos. Imagino que esses problemas sejam mais comuns que parecem, só ninguém sai falando por aí que tem.

Bump.